A Torre de Menagem de Chaves é um lugar de passagem obrigatório para quem visita a cidade.
No que diz respeito à história do monumento, temos que recuar às invasões bárbaras, altura em que foram destruídas as pedras almofadadas encontradas nos seus alicerces.
Na Idade Média, época do Castelo de Chaves, as populações da região, deslocaram-se para os locais mais povoados para assim, poderem muralhar-se e proteger-se.
De acordo com o site do município flaviense, "nos anos de guerra, que aqui foram muitos, as muralhas da vila de Chaves foram sendo construídas e destruídas, e de novo reconstruídas.
Neste contexto, é provável que por vários períodos a vila entrasse em declínio e ficasse mesmo abandonada de todo. Talvez por isso, ao vir à região, em l 253, D. Afonso III foi a Santo Estêvão de Chaves e não a Chaves. E daí que tenha impulsionado a reconstrução desta última, a qual se processava em 1258 e 1259, como referem as Inquirições. Em 1258 foi outorgado o primeiro foral a Chaves, elevando-a à categoria de vila e consagrando-a como um núcleo populacional e económico importante no norte do país. Este foral foi determinante na decisão de reconstruir o castelo e a torre de menagem, que assim ficaram marcados claramente pelo estilo dionisíaco.
Como grande povoação, Chaves obteve de novo um foral em 1350. Foi partidária da linha legitimista na crise dinástica de 1383, pelo que aqui teve que deslocar-se o Mestre de Avis, para conquistar a praça. Foi doada a Nuno Álvares Pereira e por este a sua filha, D. Beatriz, incluindo-se com o dote no seu casamento com D. Afonso, filho de D. João I.
Aliás, a família de Bragança viveu bastante tempo em Chaves, aqui fazendo construir um paço, mais moderno e versátil que a velha torre medieval que, integrava o palacete. De referir ainda o papel da fortaleza nas guerras da Restauração e nas Invasões Francesas, ocasião em que foi reconstruída boa parte da muralha. Para além dos danos provocados pelas vicissitudes históricas e militares, as muralhas de Chaves sucumbiram também perante o crescimento da cidade, sendo absorvidas pela construção de casas de habitação e outras, como é ainda hoje visível nas zonas das Portas do Anjo ou da Rua do Sol. Talvez por isso, quando os flavienses se referem ao castelo, estão a falar somente na torre de menagem e no seu recinto, que subsiste em razoável estado de conservação.
Esta zona é monumento nacional, desde 22 de Março de 1938 e uma torre airosa e bonita, da altura de um edifício moderno de oito a nove andares. Nas paredes, lisas e quase sem decoração, há algumas seteiras, em geral bastante estreitas. Há também, na fachada voltada para leste, varandas, em madeira".
Pelas vistas que se alcançam a partir da Torre ou simplesmente para se apreciar esta construção medieval, vale sempre a pena visitar a Torre de Menagem de Chaves!